23 dezembro 2012


12 dezembro 2012

Convite de Formatura do Isaac

Parabéns Isaac por esta conquista.
Você é motivo de orgulho prá toda família
Seja muito feliz e realize todos os seus sonhos.
Que Deus lhe abençoe


09 dezembro 2012


MISSA DE 100 ANOS DE VEBIS
Uma chama há cem anos acendida
Há de arder pelo tempo, eternidade
Pois o fogo do amor e da bondade
Permanece aceso por toda a vida
Se no peito a bondade fez guarida
Foi troca que o bom deus um dia quis
E a família, tão unida, vê feliz
O fogo desse amor se propagar
Foram as mãos de dona brito a aguar
A semente plantada por Vebis

Xico Bizerra

Estórias de Seu Deusim


GARANTIA TÍPICA.
Feirante no Crato vendia raiz de quebra pedra explicando que se tratava do melhor remédio do mundo para o tratamento dos rins. E como garantia dizia:
-“Se não ficar bom, pode voltar que eu devolvo o dinheiro”.
Uma pessoa que sofria desse mal, e animado pela garantia, não pensou duas vezes: comprou o milagroso remédio.
Na feira seguinte, voltou, procurou o vendedor e disse: “Olha seu fulano, já tomei o seu chá e até agora não senti nenhuma diferença.”
Mas o senhor já tomou quantos chás?
Desde que eu comprei, tomei chá todo dia; portanto ja tomei o chá sete vezes.
“Bom rapaz. O chá é muito bom. Mas pra ficar curado tem que tomar, pelo menos quatorze tarefas de raiz.”

11 novembro 2012


RAMIRO, O BELO
Ramiro era muito feio e todos os bonitões da cidade riam de sua feiúra. Descaradamente. Até os que também eram feios riam de sua feiúra, tão feia que era. Ele não se importava e seguia a vida, carregando bagagens na estação de trem, trabalhando como chapeado: era assim que se chamavam aqueles que transportavam malas, identificados por um número na chapa de bronze colada ao quepe: O dele era o 341. Um dia Ramiro ganhou de um viajante um espelho encantado que refletia a alma das pessoas que nele se olhassem. Ramiro olhou, viu-se e passou a rir da feiúra de todos os bonitões da cidade. Discretamente, sem que ninguém percebesse o seu riso. Como era feio aquele povo! Como era belo o Ramiro!

11 outubro 2012

Gente Grande


Surpreendeu-me, quando garoto, o convite do meu tio para irmos caminhando até o sítio da família, localizado a dez quilômetros da cidade. Percorrer o caminho a pé, era algo que eu ainda não havia experimentado e no meu entendimento, ao fazer aquilo, eu seria visto com admiração pela minha família.
Partimos no meio da manhã de sábado e em pouco tempo alcançamos a estrada. Logo de inicio, havia uma longa subida, que exigiu muito de mim e abalou o meu ânimo. Em seguida, uma longa descida, aí deu pra admirar a paisagem e conversar, até que chegamos a um lamaçal, onde na travessia, meus pés ficaram muito sujos, causando-me desconforto.
De vez em quando, me imaginava chegando ao sítio e minha família me recebendo com uma calorosa festa. Em meio a essa fantasia, dei uma topada que feriu o dedão direito e me trouxe de volta a realidade.
Caminhamos por muito tempo e senti quando o sol começou a ferver, fui ficando mais calado na medida em que minhas pernas ardiam de cansaço e a respiração queimava-me o peito.
Quando chegamos ao sítio, falei: – E agora, tio? Já sou gente grande?
30/09/2012 por leobez

06 outubro 2012

A reação oscilante de Briggs-Rauscher

Acesse o seguinte link para acompanhar em vídeo uma interessante reação química:

http://www.youtube.com/watch?v=hgSLw0y8t5w

Você acompanhou uma reação entre 3 soluções incolores, que se torna âmbar, 
violeta e repentinamente muda para um azul escuro. Observe os ciclos e caso você estivesse realizando essa reação no laboratório de Química iria sentir, ao final da reação, um forte odor de iodo. Esta reação é geralmente utilizada em shows de Química, pois se trata de uma impressionante reação periódica. A reação de Briggs–Rauscher faz parte de uma série de reações denominadas oscilantes ou periódicas, pois oscilam em um determinado período de tempo, apresentando
diferentes cores.

Observação: Eu desenvolvi um arquivo onde explico desde a preparação das soluções utilizadas, todas as equações envolvidas nos ciclos, faço comentários e posso publicá-lo no Blog AH, se houver interesse de algum seguidor em querer saber mais sobre a reação oscilante de Briggs-Rauscher.

Marcos, 10/07/2011

01 outubro 2012

Dia do Idoso

Nossa homenagem neste dia a todas
 as pessoas vividas e bem vividas
Amor,Carinho, Atenção, Proteção, Respeito
 é o mínimo que podemos lhes dar para que seus sonho nunca acabem.

30 setembro 2012

A CASA E A BOLA


Na esquina, a casa e fronteiriça com ela, separada apenas por uma cerca de arame farpado, o improvisado campinho de pelada. Inevitável que, vez por outra, a bola caísse naquele terreno, às vezes quebrando o vidro da janela, às vezes batendo em alguém, às vezes nada acontecendo, mas sempre irritando o pai de Teté. Quando ele estava em casa, nessas situações a bola ficava retida e só era devolvida uma semana depois. Considerava o castigo justo para quem não atendia aos seus pedidos de cuidado. Pior era na casa da outra fronteira: seu Armindo furava a bola, na hora. Em ambos os casos o jogo terminava antes dos 45 do segundo tempo. Quando seu pai não estava, o pequeno Teté devolvia a bola e continuava assistindo ao jogo, sentado à beira do ‘gramado’, do lado de cá da cerca. Ainda hoje, 50 anos depois, Teté gosta de futebol. Ainda hoje devolveria as bolas se por acaso elas caíssem no terreno de sua casa.
Xico Bizerra

A CASA E A BOLA


Na esquina, a casa e fronteiriça com ela, separada apenas por uma cerca de arame farpado, o improvisado campinho de pelada. Inevitável que, vez por outra, a bola caísse naquele terreno, às vezes quebrando o vidro da janela, às vezes batendo em alguém, às vezes nada acontecendo, mas sempre irritando o pai de Teté. Quando ele estava em casa, nessas situações a bola ficava retida e só era devolvida uma semana depois. Considerava o castigo justo para quem não atendia aos seus pedidos de cuidado. Pior era na casa da outra fronteira: seu Armindo furava a bola, na hora. Em ambos os casos o jogo terminava antes dos 45 do segundo tempo. Quando seu pai não estava, o pequeno Teté devolvia a bola e continuava assistindo ao jogo, sentado à beira do ‘gramado’, do lado de cá da cerca. Ainda hoje, 50 anos depois, Teté gosta de futebol. Ainda hoje devolveria as bolas se por acaso elas caíssem no terreno de sua casa.
Xico Bizerra

11 setembro 2012

CONVERSAS E FEITOS DE ZÉ DA CLARA


ZÉ  DEFENDE A APOSENTADORIA DE UM AMIGO(1)
Não sei bem como foi que o Zé abraçou essa causa. Não sei se ele foi chamado ou se resolveu dar uma de advogado previdenciário  e oferecer seus préstimos a um amigo que estava com dificuldade para conseguir sua aposentadoria junto ao INSS. Diz ele que compareceu, junto com o interessado àquela entidade e assim defendeu o amigo:
“Porque é que voces não querem aposentar o rapaz?   O Lula, quando trabalhava na Fit , em Recife, fazendo Aeruili, foi trabalhar numa máquina, sem saber,  e só porque  ele torou um dedo, vocês aposentaram logo. Agora o rapaz aqui, torou foi o braço todo e vocês não querem aposentar?” .( As expressões são todas dele; os destaques são meus.)
Não disse se conseguiu, mas achei  a defesa brilhante.

CONVERSAS E FEITOS DE ZÉ DA CLARA


ZÉ  DEFENDE A APOSENTADORIA DE UM AMIGO(1)
Não sei bem como foi que o Zé abraçou essa causa. Não sei se ele foi chamado ou se resolveu dar uma de advogado previdenciário  e oferecer seus préstimos a um amigo que estava com dificuldade para conseguir sua aposentadoria junto ao INSS. Diz ele que compareceu, junto com o interessado àquela entidade e assim defendeu o amigo:
“Porque é que voces não querem aposentar o rapaz?   O Lula, quando trabalhava na Fit , em Recife, fazendo Aeruili, foi trabalhar numa máquina, sem saber,  e só porque  ele torou um dedo, vocês aposentaram logo. Agora o rapaz aqui, torou foi o braço todo e vocês não querem aposentar?” .( As expressões são todas dele; os destaques são meus.)
Não disse se conseguiu, mas achei  a defesa brilhante.

31 agosto 2012

PONTA DA SERRA.


 Meu querido torrão Ponta da Serra,
Que o imenso Vale do Carás fecunda,
Tens a magia do poder que inunda,
De amor e paz quantos te tem por terra.

Quem te conhece e emoção enterra, 
Na verde várzea onde a bonança abunda, 
E faz brotar a inspiração profunda, 
Que tem começo mas nunca se encerra. 

No campanário do meu coração, 
Um sino toca em ritmo de oração, 
Suave arpejo que me faz sentir. 

Ser uma prece de ardorosa fé, 
Ao divino patrono São José, 
Que lá do alto vela o teu porvir.

PONTA DA SERRA.


 Meu querido torrão Ponta da Serra,
Que o imenso Vale do Carás fecunda,
Tens a magia do poder que inunda,
De amor e paz quantos te tem por terra.

Quem te conhece e emoção enterra, 
Na verde várzea onde a bonança abunda, 
E faz brotar a inspiração profunda, 
Que tem começo mas nunca se encerra. 

No campanário do meu coração, 
Um sino toca em ritmo de oração, 
Suave arpejo que me faz sentir. 

Ser uma prece de ardorosa fé, 
Ao divino patrono São José, 
Que lá do alto vela o teu porvir.

11 agosto 2012

FELIZ DIA DOS PAIS
 12 DE AGOSTO DE  2012
 Ser Pai é: Sorrir, Chorar, Sofrer, Gargalhar.
 Ser filho é: Agradecer todos os dias a oportunidade de ter um Pai como você.
E este dia é o momento perfeito para dizer muito obrigado por tudo o que você tem feito por nós. Nós te amamos.
Feliz dia dos pais!
FELIZ DIA DOS PAIS
 12 DE AGOSTO DE  2012
 Ser Pai é: Sorrir, Chorar, Sofrer, Gargalhar.
 Ser filho é: Agradecer todos os dias a oportunidade de ter um Pai como você.
E este dia é o momento perfeito para dizer muito obrigado por tudo o que você tem feito por nós. Nós te amamos.
Feliz dia dos pais!

04 agosto 2012

Floripa e Nova Trento

Floripa e Nova Trento - 28 de Julho de 2012
Foi um dia maravilhoso. Saímos de Florianópolis cedinho para o Santuário de Santa Paulina no interior de Santa Catarina no Sul do Brasil. Voltamos à tardinha e aproveitando a viagem passamos no Sítio de Mano onde registramos com esta última foto do quadro.

Floripa e Nova Trento

Floripa e Nova Trento - 28 de Julho de 2012
Foi um dia maravilhoso. Saímos de Florianópolis cedinho para o Santuário de Santa Paulina no interior de Santa Catarina no Sul do Brasil. Voltamos à tardinha e aproveitando a viagem passamos no Sítio de Mano onde registramos com esta última foto do quadro.
28 de Julho de 2012
Viagem a Nova Trento - Santa Catarina.
Santuário de Santa Paulina, a primeira Santa Brasileira. Canonizada pelo Santo Papa João Paulo II.
28 de Julho de 2012
Viagem a Nova Trento - Santa Catarina.
Santuário de Santa Paulina, a primeira Santa Brasileira. Canonizada pelo Santo Papa João Paulo II.

08 julho 2012

Aves de arribaçãs

Geólogos afirmam que há cerca de 300 milhões de anos atrás houve uma grande explosão vulcânica na Sibéria que afetou o clima no planeta e provocou seca na África. Eles também dizem que os mares antigos tinham muitos tipos de animais que desapareceram, por causas naturais, entre 100 e 65 milhões de anos atrás. Existem evidências de que, há cerca de 3000 AC, baleias pequenas eram capturadas no Atlântico e no Pacífico Norte, por povos esquimós e outros, utilizando arpões manuais e pequenos barcos com remos, mas em menos de um século de pesca predatória, os humanos do século XX colocaram muitas espécies marinhas em perigo de extinção.
Aves de arribaçãs já são raras no sertão e muitos jovens nordestinos não conhecem graúnas, canários, canção, nem curiós! “Vaqueiros modernos” trocaram o cavalo e/ou o burro por motocicletas em sua lida diária com o rebanho bovino e quando utilizam roupas de couro é apenas para tirar fotos e/ou para turista ver! Isso já seria de se esperar, pois a caatinga tem sido dizimada assim como os pés de pequi na Chapada do Araripe que estão sendo transformados em lenha para alimentar os fornos da indústria do cimento na região do Cariri do Ceará! Até quando teremos aves de arribaçãs?
Marcos,
03/05/2012

Aves de arribaçãs

Geólogos afirmam que há cerca de 300 milhões de anos atrás houve uma grande explosão vulcânica na Sibéria que afetou o clima no planeta e provocou seca na África. Eles também dizem que os mares antigos tinham muitos tipos de animais que desapareceram, por causas naturais, entre 100 e 65 milhões de anos atrás. Existem evidências de que, há cerca de 3000 AC, baleias pequenas eram capturadas no Atlântico e no Pacífico Norte, por povos esquimós e outros, utilizando arpões manuais e pequenos barcos com remos, mas em menos de um século de pesca predatória, os humanos do século XX colocaram muitas espécies marinhas em perigo de extinção.
Aves de arribaçãs já são raras no sertão e muitos jovens nordestinos não conhecem graúnas, canários, canção, nem curiós! “Vaqueiros modernos” trocaram o cavalo e/ou o burro por motocicletas em sua lida diária com o rebanho bovino e quando utilizam roupas de couro é apenas para tirar fotos e/ou para turista ver! Isso já seria de se esperar, pois a caatinga tem sido dizimada assim como os pés de pequi na Chapada do Araripe que estão sendo transformados em lenha para alimentar os fornos da indústria do cimento na região do Cariri do Ceará! Até quando teremos aves de arribaçãs?
Marcos,
03/05/2012

29 junho 2012

Acaso
Há alguns meses fiz uma viagem à João Pessoa, onde participei de um treinamento de uma semana, na empresa onde trabalho. O objetivo do treinamento era preparar uma equipe para instalar e configurar novos computadores servidores, para modernização do ambiente tecnológico do nosso cliente. Entre os treinandos, encontrei um colega de Recife, um velho amigo que conheci em outros treinamentos.
No decorrer da semana, o meu amigo convidou-me para irmos visitar um amigo dele. Foi de bom grado que aceitei o convite.
Lá chegando, fui muito bem recebido e o clima era de festa, o que me ajudou a descontrair e logo fazer amizade com todos. O local era simples, um pequeno apartamento e havia poucas pessoas, entre as quais, um tio do amigo do meu amigo. Tratava-se de um homem simples, agricultor e um grande contador “causos”. Tinha a pele bem morena, curtida de sol e parecia com alguém que eu conhecia, mas que naquele momento eu não conseguia lembrar. Ele contou várias histórias, suas e de seus ancestrais. Seu apelido era Biu e devia ter uns setenta e poucos anos de idade.
Em determinado momento, ele abriu a sua mala de viagem e retirou um velho álbum de fotografias e enquanto contava suas histórias, mostrava velhas fotos de alguns ancestrais. Eu que sempre gostei de ouvir “causos” e historias “de antigamente”, acompanhava atento. Ele contou que tinha o mesmo nome do seu pai e em seguida falou o nome completo do seu pai. Eu fiquei surpreso ao ouvir o nome, pois era o mesmo nome e sobrenome do meu avô materno. Fiquei momentaneamente confuso, pensei tratar-se de homônimos e não falei nada. Quando ele passou mais uma folha do álbum e eu vi a próxima foto, aí sim a minha expressão foi de espanto. Aproximei-me do álbum para ver melhor aquela velha foto que já conhecia há muito tempo, pois era a única foto da minha avó materna.
Nesse momento, eu pedi a palavra e falei que aquela mulher na foto era a minha avó materna. Essa revelação deixou Biu surpreso. Então eu contei o pouco da história que eu sabia sobre os meus avós maternos. A minha avó tinha casado com um paraibano de nome Severino e que haviam se separado.
Então o Biu foi contar a historia de Severino, que após ter se separado, retornou ao interior da Paraíba, onde foi trabalhar na agricultura, constituiu uma nova família e teve sete filhos. Eu fiquei maravilhado com tudo que ouvi pois não sabia nada sobre o meu avô e nunca passou pela minha cabeça que algum dia toda a sua história seria revelada a mim, num encontro que só aconteceu por obra do acaso.
Como já estava tarde e eu tinha aula no dia seguinte, me despedi do meu tio Biu e dos parentes que eu acabara de conhecer. Trocamos os nossos contatos e Biu deu-me uma foto de “vô” Severino. A propósito, o Biu é muito parecido com a minha mãe.

Acaso
Há alguns meses fiz uma viagem à João Pessoa, onde participei de um treinamento de uma semana, na empresa onde trabalho. O objetivo do treinamento era preparar uma equipe para instalar e configurar novos computadores servidores, para modernização do ambiente tecnológico do nosso cliente. Entre os treinandos, encontrei um colega de Recife, um velho amigo que conheci em outros treinamentos.
No decorrer da semana, o meu amigo convidou-me para irmos visitar um amigo dele. Foi de bom grado que aceitei o convite.
Lá chegando, fui muito bem recebido e o clima era de festa, o que me ajudou a descontrair e logo fazer amizade com todos. O local era simples, um pequeno apartamento e havia poucas pessoas, entre as quais, um tio do amigo do meu amigo. Tratava-se de um homem simples, agricultor e um grande contador “causos”. Tinha a pele bem morena, curtida de sol e parecia com alguém que eu conhecia, mas que naquele momento eu não conseguia lembrar. Ele contou várias histórias, suas e de seus ancestrais. Seu apelido era Biu e devia ter uns setenta e poucos anos de idade.
Em determinado momento, ele abriu a sua mala de viagem e retirou um velho álbum de fotografias e enquanto contava suas histórias, mostrava velhas fotos de alguns ancestrais. Eu que sempre gostei de ouvir “causos” e historias “de antigamente”, acompanhava atento. Ele contou que tinha o mesmo nome do seu pai e em seguida falou o nome completo do seu pai. Eu fiquei surpreso ao ouvir o nome, pois era o mesmo nome e sobrenome do meu avô materno. Fiquei momentaneamente confuso, pensei tratar-se de homônimos e não falei nada. Quando ele passou mais uma folha do álbum e eu vi a próxima foto, aí sim a minha expressão foi de espanto. Aproximei-me do álbum para ver melhor aquela velha foto que já conhecia há muito tempo, pois era a única foto da minha avó materna.
Nesse momento, eu pedi a palavra e falei que aquela mulher na foto era a minha avó materna. Essa revelação deixou Biu surpreso. Então eu contei o pouco da história que eu sabia sobre os meus avós maternos. A minha avó tinha casado com um paraibano de nome Severino e que haviam se separado.
Então o Biu foi contar a historia de Severino, que após ter se separado, retornou ao interior da Paraíba, onde foi trabalhar na agricultura, constituiu uma nova família e teve sete filhos. Eu fiquei maravilhado com tudo que ouvi pois não sabia nada sobre o meu avô e nunca passou pela minha cabeça que algum dia toda a sua história seria revelada a mim, num encontro que só aconteceu por obra do acaso.
Como já estava tarde e eu tinha aula no dia seguinte, me despedi do meu tio Biu e dos parentes que eu acabara de conhecer. Trocamos os nossos contatos e Biu deu-me uma foto de “vô” Severino. A propósito, o Biu é muito parecido com a minha mãe.

28 junho 2012

Serra de Guaramiranga

Um pedacinho da Serra de Guaramiranga - Ceará - Brasil
Junho-2012

Serra de Guaramiranga

Um pedacinho da Serra de Guaramiranga - Ceará - Brasil
Junho-2012

07 junho 2012

ACALANTO

No último dia 17 de Maio, a Academia Cearense de Medicina resolveu homenagear um dos luminares da Medicina no Ceará: o Dr. Napoleão Tavares Neves. A justíssima homenagem o fez adentrar nas hostes daquela instituição como Membro Honorário e deixou todo o Cariri de dentes à mostra. As Academias têm uma enorme importância em elevar ao pedestal figuras de grande merecimento e que tantas vezes passam quase que despercebidas na Sociedade. Como organizações humanas, no entanto, têm política própria e tantas e tantas vezes deixam-se influenciar por pressões de grupos e terminam por cometer injustiças e desvios impensáveis. No caso do Dr. Napoleão, possivelmente, houve apenas um pequeno erro de timing: ele já merecia o Título a muitos e muitos anos. Talvez o fato de ter se estabelecido no interior do Estado tenha contribuido para o esquecimento. Todos os que clinicam longe litoral fazem parte daquilo que se pode chamar Face Oculta da Medicina Brasileira. Perdura um certo preconceito embutido: aquele mesmo que alimente o primeiro mundo contra o terceiro, o Sul contra o Nordeste, a Capital contra o interior. A simples lembrança da Academia para com o nosso Dr. Napoleão já quantifica a importância dele, capaz de dirimir fronteiras até então intransponíveis.

São 81 anos de vida e mais de 50 dedicados à Medicina. Nascido no Jardim, criado em Porteiras, radicado em Barbalha, Dr. Napoleão nunca se imiscuiu em briguinhas bairristas: como um confederado sempre compreendeu a unicidade do Estado do Cariri. Percebe claramente que nossas diferenças são mínimas e necessárias e que existem imensas similaridades a nos unir. Sempre teve uma visão bastante sociológica nas questões que envolvem o Juazeiro do Padre Cícero e tambem a saga do cangaço. Todas estas matérias podem parecer distantes da medicina, mas não para o Dr. Napoleão que faz parte da última geração de esculápios para quem a profissão médica estava umbilicalmente ligada ao Humanismo. A Sociologia, a História, a Filosofia, a Geografia para ele são tão importantes para sua atividade como um livro de Anatomia de Testut. Hoje, diante de tanto aparato tecnológico, os novos profissionais esquecem a complexidade da vida que lhe é posta às mãos. Receitam, prescrevem como se estivessem consertando um Rádio ou uma TV. Não conseguem perceber que além do enfarte , para la da úlcera, existe um espírito atormentado suplicando ajuda. Dr. Napoleão, ainda em plena atividade, seguiu sempre o grande preceito Jungiano: “Conheça tadas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas uma alma humana.”

Nosso médico segue uma genealogia profundamente humanística: Dr. Leão Sampaio, Dr. Pio Sampaio, Dr. Lírio Callou, Dr. Joaquim Fernandes Teles , Dr. Joaquim Pinheiro Filho. Para todos eles o atendimento era pronto, rápido, independentemente das condições econômicas do paciente. E são muitas as histórias que envolvem sua vida profissional. Ha alguns anos Dr. Napoleão assumiu uma equipe de PSF em Barbalha. Um seu sobrinho, médico, exercia a função de Secretário de Saúde na cidade e foi ele quem me relatou o acontecido. A relação do Dr. Napoleão com ele era de Tio para sobrinho: uma cobrança pertinaz pelos direitos da população. Falta de medicamentos, exiguidade de exames complementares era uma coisa inconcebível. Um dia, me contou o sobrinho, ele lhe ligou exigindo que mandasse urgente uma Cesta Básica para uma família de sua área que estava sofrando de uma doença terrível chamada fome. A cesta era um remédio imprescindível para curar a grave doença. De outra feita, passando pelos corredores da emergência do Hospital São Vicente, ouviu um jovem médico receitando um pobre matuto. A queixa principal era que tinha sido mordido por uma lagatixa. O jovem esculápio, sorrindo, liberou o paciente: podia ir para casa, não tinha problema nenhum: lagartixa não é venenosa. Dr. Napoleão voltou, chamou o colega e alertou-o. Podia proceder a aplicação do Soro Anti-Ofídico. Para lagartixa, Dr. Napoleão? Perguntou o colega confuso. Dr. Napoleão, então explicou o que a Ressonância Magnética e a Tomografia Computadorizada não diagnosticam: Meu filho, o matuto tem a crença de que se disser que foi mordido por cobra, não escapa da mordedura, por isso nunca revela que foi por jararaca ou cascavel, diz geralmente o nome de outro bicho. O rapazinho voltou e, através de gestos, descobriu a verdade revelada e o Soro salvador foi administrado.

A Academia de Medicina, no mesmo dia, homenageou muitos Napoleões: o médico, o historiador, o escritor, o humanista, o orador inspirado, o pai de família exemplar, o defensor intransigente do Cariri, o humorista fino, a ética de jaleco branco e, mais que tudo o Homem. É quase impossível conciliar tantas qualidades numa só pessoa. Em meio a tantas, no entanto, acredito que se sobressaia a pessoa do Dr. Napoleão, um exemplo de humildade e generosidade. Ele tem uma raríssima doença oftalmológica: só consegue ver o lado bom das pessoas. Todos a sua volta só têm qualidades: são inteligentes, bons, sóbrios, estudiosos, direitos e alegres. Nunca o vi tecer críticas a quem quer que fosse. Nas conversas com os amigos é aberto, bem humorado e não tem falsos moralismos. Memória privilegiada, carrega consigo uma enciclopédia invejável de histórias do nosso doce quotidiano regional.

Dr. Napoleão já me confidenciou que fica meio cabreiro com as homenagens, segundo ele, elas são sempre um pouco póstumas. Acredito que todos os nossos atos nesta terra sempre o são. A cada noite, nunca sabemos se a música que nos embala é um acalanto ou uma incelença. Mas diante de uma figura com tanta vitalidade como ele, certamente é a vida que pulsa em cada título que lhe é conferido. Chesterton dizia que há grandes homens que fazem os outros se sentirem pequenos, mas o grande homem mesmo é aquele quenfaz com que todos se sintam grandes diante dele. Pois bem, meu caro Dr. Napoleão, todo o Cariri se sente enorme, gigantesco diante da homenagem merecida que a Academia Cearense de medicina acaba de lhe outorgar.

Crato, 24/05/12.


J. FLÁVIO VIEIRA
 Escritor  inquieto e bem humorado, José Flávo Vieira busca no seu trabalho como médico o enredo e a alma para suas histórias carregadas de humanismo e questionamentos sobre a vida. Com uma produção crescente nos ultimos anos o médico/escritor consegue fazer o hibridismo entre o erudito e popular, entre o local e o universal. (Blog Cultura no Cariri)



ACALANTO

No último dia 17 de Maio, a Academia Cearense de Medicina resolveu homenagear um dos luminares da Medicina no Ceará: o Dr. Napoleão Tavares Neves. A justíssima homenagem o fez adentrar nas hostes daquela instituição como Membro Honorário e deixou todo o Cariri de dentes à mostra. As Academias têm uma enorme importância em elevar ao pedestal figuras de grande merecimento e que tantas vezes passam quase que despercebidas na Sociedade. Como organizações humanas, no entanto, têm política própria e tantas e tantas vezes deixam-se influenciar por pressões de grupos e terminam por cometer injustiças e desvios impensáveis. No caso do Dr. Napoleão, possivelmente, houve apenas um pequeno erro de timing: ele já merecia o Título a muitos e muitos anos. Talvez o fato de ter se estabelecido no interior do Estado tenha contribuido para o esquecimento. Todos os que clinicam longe litoral fazem parte daquilo que se pode chamar Face Oculta da Medicina Brasileira. Perdura um certo preconceito embutido: aquele mesmo que alimente o primeiro mundo contra o terceiro, o Sul contra o Nordeste, a Capital contra o interior. A simples lembrança da Academia para com o nosso Dr. Napoleão já quantifica a importância dele, capaz de dirimir fronteiras até então intransponíveis.

São 81 anos de vida e mais de 50 dedicados à Medicina. Nascido no Jardim, criado em Porteiras, radicado em Barbalha, Dr. Napoleão nunca se imiscuiu em briguinhas bairristas: como um confederado sempre compreendeu a unicidade do Estado do Cariri. Percebe claramente que nossas diferenças são mínimas e necessárias e que existem imensas similaridades a nos unir. Sempre teve uma visão bastante sociológica nas questões que envolvem o Juazeiro do Padre Cícero e tambem a saga do cangaço. Todas estas matérias podem parecer distantes da medicina, mas não para o Dr. Napoleão que faz parte da última geração de esculápios para quem a profissão médica estava umbilicalmente ligada ao Humanismo. A Sociologia, a História, a Filosofia, a Geografia para ele são tão importantes para sua atividade como um livro de Anatomia de Testut. Hoje, diante de tanto aparato tecnológico, os novos profissionais esquecem a complexidade da vida que lhe é posta às mãos. Receitam, prescrevem como se estivessem consertando um Rádio ou uma TV. Não conseguem perceber que além do enfarte , para la da úlcera, existe um espírito atormentado suplicando ajuda. Dr. Napoleão, ainda em plena atividade, seguiu sempre o grande preceito Jungiano: “Conheça tadas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas uma alma humana.”

Nosso médico segue uma genealogia profundamente humanística: Dr. Leão Sampaio, Dr. Pio Sampaio, Dr. Lírio Callou, Dr. Joaquim Fernandes Teles , Dr. Joaquim Pinheiro Filho. Para todos eles o atendimento era pronto, rápido, independentemente das condições econômicas do paciente. E são muitas as histórias que envolvem sua vida profissional. Ha alguns anos Dr. Napoleão assumiu uma equipe de PSF em Barbalha. Um seu sobrinho, médico, exercia a função de Secretário de Saúde na cidade e foi ele quem me relatou o acontecido. A relação do Dr. Napoleão com ele era de Tio para sobrinho: uma cobrança pertinaz pelos direitos da população. Falta de medicamentos, exiguidade de exames complementares era uma coisa inconcebível. Um dia, me contou o sobrinho, ele lhe ligou exigindo que mandasse urgente uma Cesta Básica para uma família de sua área que estava sofrando de uma doença terrível chamada fome. A cesta era um remédio imprescindível para curar a grave doença. De outra feita, passando pelos corredores da emergência do Hospital São Vicente, ouviu um jovem médico receitando um pobre matuto. A queixa principal era que tinha sido mordido por uma lagatixa. O jovem esculápio, sorrindo, liberou o paciente: podia ir para casa, não tinha problema nenhum: lagartixa não é venenosa. Dr. Napoleão voltou, chamou o colega e alertou-o. Podia proceder a aplicação do Soro Anti-Ofídico. Para lagartixa, Dr. Napoleão? Perguntou o colega confuso. Dr. Napoleão, então explicou o que a Ressonância Magnética e a Tomografia Computadorizada não diagnosticam: Meu filho, o matuto tem a crença de que se disser que foi mordido por cobra, não escapa da mordedura, por isso nunca revela que foi por jararaca ou cascavel, diz geralmente o nome de outro bicho. O rapazinho voltou e, através de gestos, descobriu a verdade revelada e o Soro salvador foi administrado.

A Academia de Medicina, no mesmo dia, homenageou muitos Napoleões: o médico, o historiador, o escritor, o humanista, o orador inspirado, o pai de família exemplar, o defensor intransigente do Cariri, o humorista fino, a ética de jaleco branco e, mais que tudo o Homem. É quase impossível conciliar tantas qualidades numa só pessoa. Em meio a tantas, no entanto, acredito que se sobressaia a pessoa do Dr. Napoleão, um exemplo de humildade e generosidade. Ele tem uma raríssima doença oftalmológica: só consegue ver o lado bom das pessoas. Todos a sua volta só têm qualidades: são inteligentes, bons, sóbrios, estudiosos, direitos e alegres. Nunca o vi tecer críticas a quem quer que fosse. Nas conversas com os amigos é aberto, bem humorado e não tem falsos moralismos. Memória privilegiada, carrega consigo uma enciclopédia invejável de histórias do nosso doce quotidiano regional.

Dr. Napoleão já me confidenciou que fica meio cabreiro com as homenagens, segundo ele, elas são sempre um pouco póstumas. Acredito que todos os nossos atos nesta terra sempre o são. A cada noite, nunca sabemos se a música que nos embala é um acalanto ou uma incelença. Mas diante de uma figura com tanta vitalidade como ele, certamente é a vida que pulsa em cada título que lhe é conferido. Chesterton dizia que há grandes homens que fazem os outros se sentirem pequenos, mas o grande homem mesmo é aquele quenfaz com que todos se sintam grandes diante dele. Pois bem, meu caro Dr. Napoleão, todo o Cariri se sente enorme, gigantesco diante da homenagem merecida que a Academia Cearense de medicina acaba de lhe outorgar.

Crato, 24/05/12.


J. FLÁVIO VIEIRA
 Escritor  inquieto e bem humorado, José Flávo Vieira busca no seu trabalho como médico o enredo e a alma para suas histórias carregadas de humanismo e questionamentos sobre a vida. Com uma produção crescente nos ultimos anos o médico/escritor consegue fazer o hibridismo entre o erudito e popular, entre o local e o universal. (Blog Cultura no Cariri)



03 junho 2012

ANDAR É BOM

Andar, acordar cedo, olhar pela janela e ver um céu ainda escuro clareado por uma luzinha solitária. Um avião que passa, um pára-raios que não passa ou um vagalume a pirilampear na madrugada? Ou seria um pirilampo vagalumeando a manhã que está chegando? Virar de lado, não andar, fechar os olhos, re-dormir. Deixar de perder alguns quilos, ganhar o conforte de um lençol quentinho numa madrugada escura e esfriada pela preguiça do sol. Amanhã, a mesma manhã, a mesma janela, o mesmo céu, o mesmo não-andar. Ao final do dia, gramas e felicidades a mais. E o sol, tão preguiçoso quanto eu. .

ANDAR É BOM

Andar, acordar cedo, olhar pela janela e ver um céu ainda escuro clareado por uma luzinha solitária. Um avião que passa, um pára-raios que não passa ou um vagalume a pirilampear na madrugada? Ou seria um pirilampo vagalumeando a manhã que está chegando? Virar de lado, não andar, fechar os olhos, re-dormir. Deixar de perder alguns quilos, ganhar o conforte de um lençol quentinho numa madrugada escura e esfriada pela preguiça do sol. Amanhã, a mesma manhã, a mesma janela, o mesmo céu, o mesmo não-andar. Ao final do dia, gramas e felicidades a mais. E o sol, tão preguiçoso quanto eu. .

23 maio 2012


A cada dois anos, por ocasião da posse da nova diretoria da academia cearense de medicina, são escolhidos dois médicos, que se destacaram em sua missão, para receberem os títulos de membros honorários da academia. A indicação se dá por um dos acadêmicos, que elabora uma apresentação em torno da pessoa indicada. A indicação do Dr. Napoleão foi feita pelo Dr. Vladimir Távora.
A solenidade  realizou-se  no Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará num clima de confraternização e festa.
Ao Dr Napoleão só nos resta parabenizar e desejar que o seu trabalho seja exemplo para toda classe médica.

Marcos escreve a Napoleão:
A Academia Cearense de Medicina homenageou, em 17 de maio de 2012, o
Dr. Napoleão Tavares Neves pelo seu longo e competente trabalho como
Médico da família na região do Cariri Cearense.
 “ Vim de carro, porque não pude vir de jegue. Voltarei amanhã cedo!”
Esse foi um trecho do discurso do mestre Napoleão, considerado por um
anfitrião da ACM, de “... discreto mandacaru sertanejo". Simples e
profundo, ele continua sendo o nosso Baobá brasileiro! Saúde e
muitos anos de vida é o que desejamos ao ilustre primo Napoleão.
 Marcos.
21/05/2012.

A cada dois anos, por ocasião da posse da nova diretoria da academia cearense de medicina, são escolhidos dois médicos, que se destacaram em sua missão, para receberem os títulos de membros honorários da academia. A indicação se dá por um dos acadêmicos, que elabora uma apresentação em torno da pessoa indicada. A indicação do Dr. Napoleão foi feita pelo Dr. Vladimir Távora.
A solenidade  realizou-se  no Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará num clima de confraternização e festa.
Ao Dr Napoleão só nos resta parabenizar e desejar que o seu trabalho seja exemplo para toda classe médica.

Marcos escreve a Napoleão:
A Academia Cearense de Medicina homenageou, em 17 de maio de 2012, o
Dr. Napoleão Tavares Neves pelo seu longo e competente trabalho como
Médico da família na região do Cariri Cearense.
 “ Vim de carro, porque não pude vir de jegue. Voltarei amanhã cedo!”
Esse foi um trecho do discurso do mestre Napoleão, considerado por um
anfitrião da ACM, de “... discreto mandacaru sertanejo". Simples e
profundo, ele continua sendo o nosso Baobá brasileiro! Saúde e
muitos anos de vida é o que desejamos ao ilustre primo Napoleão.
 Marcos.
21/05/2012.

12 maio 2012

Dia das Mães

Saudades!

13 de Maio - Dia das Mães
Dia de Nossa Senhora - Mãe de Jesus

"Ser Mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na Terra."

Nossa Homenagem

Dia das Mães

Saudades!

13 de Maio - Dia das Mães
Dia de Nossa Senhora - Mãe de Jesus

"Ser Mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na Terra."

Nossa Homenagem

01 maio 2012

Dia do Trabalho


"Não posso imaginar que uma vida sem trabalho seja capaz de trazer qualquer espécie de conforto. A imaginação criadora e o trabalho para mim andam de mãos dadas; não retiro prazer de nenhuma outra coisa."
 Fica aqui a nossa homenagem .

Dia do Trabalho


"Não posso imaginar que uma vida sem trabalho seja capaz de trazer qualquer espécie de conforto. A imaginação criadora e o trabalho para mim andam de mãos dadas; não retiro prazer de nenhuma outra coisa."
 Fica aqui a nossa homenagem .

17 abril 2012

A vida surgiu do barro?


Prezados,
depois de escutar conversas de bichos lá no sítio, assumi o meu estilo
normal e atualizei um arquivo com novos fatos sobre a origem da vida
em nosso planeta. Notem como a Biblia é o livro dos livros, pois
recentemente cientistas que trabalham na área descobriram evidências
de que a vida teria surgido do barro, como consta na Biblia.
Acompanhem como eu coloco essa discussão, através do arquivo em anexo,
que submeto para publicação no Blog AH.
A vida surgiu do barro?
A origem da mesma quiralidade nos organismos vivos é objeto de muitas discussões no meio científico. O termo quiralidade deriva da palavra grega χειρ, significando mão.
Alguns cientistas acreditam que a vida na terra escolheu um tipo de quiralidade por acaso, mas por que apenas os aminoácidos L são utilizados pelos seres vivos em nosso planeta? Isso significa que apenas a forma L, ou seja, metade dos aminoácidos (naturais ou sintéticos) que você utiliza em sua dieta é absorvida para ser utilizada e a outra metade (a forma D) não é utilizada pelo organismo. Alguns cientistas acreditam que deve existir algum lugar no universo, caso a vida nesse local tenha suporte no carbono, em que as moléculas teriam uma quiralidade oposta em relação à vida na terra. Então surge uma pergunta chave: Por que as moléculas utilizadas por organismos vivos em nosso planeta são homoquirais, ou seja, de mesma quiralidade?
A quiralidade de aminoácidos leva a quiralidade de enzimas (isto é o que se constitui no “modelo chave-fechadura” utilizado em Bioquímica), que por sua vez produz compostos naturais quirais e todos os produtos naturais quirais podem ser sintetizados por químicos que os utilizam para a construção de compostos mais complexos. Entretanto, não podemos distinguir enantiômeros, a não ser que se disponha de um ambiente quiral, isto é, não seria possível se obter no laboratório um excesso enantiomérico (de um enantiômero em relação ao outro), a não ser que se utilize (como produto de partida) um enantiômero natural. Portanto, a fonte de um excesso enantiomérico deriva de sistemas vivos. Assim, esse se torna um tema fascinante e desafiador em Química e em Bioquímica, pois leva a questão da origem da quiralidade na natureza e a origem da vida em nosso planeta.

Os modelos que tentam explicar a origem da vida utilizam normalmente sistemas químicos simples, que evoluem para sistemas mais complexos, mas fica difícil se imaginar em um ambientes primitivo na terra, algo capaz de produzir (além da mistura de enantiômeros, sem atividade ótica), um excesso enantiomérico. Portanto, a origem da vida passa por um profundo estudo da estereoquímica de substâncias oticamente ativas para a vida, que os químicos ainda não atingiram plenamente!

Existem basicamente duas possibilidades para se ter um excesso enantiomérico em sistemas biológicos: (1) o excesso enantiomérico seria gerado através de um processo de evolução natural ou (2) para ocorrer o excesso enantiomérico seria necessário um “comando de um ser superior”. A primeira possibilidade envolve a seleção (considerando apenas aminoácidos) em uma mistura de enantiômeros. Uma mistura desse tipo (com 50% de ambos os enantiômeros) seria considerada uma medida média (um tratamento estatístico), pois não existem exatamente idênticas quantidades de ambos os enantiômeros, ou seja, não podemos afirmar que exista a mesma quantidade de moléculas com helicidade para a direita em relação ao número de moléculas com helicidade para a esquerda, pois esse é um tratamento estatístico.
Vermiculita é um mineral natural, associado ao amianto. Esse mineral possui uma estrutura argilosa e as argilas do tipo vermiculita têm uma estrutura de micas no interior das quais os íons K+, situados entre as lamelas, foram substituídos pelos cátions Mg2+ e Fe2+. A vermiculita acaba de ser utilizada por pesquisadores em Oxford e na Áustria para tentarem descobrir os segredos da origem da Vida. Os pesquisadores descobriram particularmente que a argila desse tipo tinha propriedades susceptíveis de permitir resolver um dos grandes enigmas das ciências dos seres vivos, a quiralidade.
Marcos, 02/07/2011.

A vida surgiu do barro?


Prezados,
depois de escutar conversas de bichos lá no sítio, assumi o meu estilo
normal e atualizei um arquivo com novos fatos sobre a origem da vida
em nosso planeta. Notem como a Biblia é o livro dos livros, pois
recentemente cientistas que trabalham na área descobriram evidências
de que a vida teria surgido do barro, como consta na Biblia.
Acompanhem como eu coloco essa discussão, através do arquivo em anexo,
que submeto para publicação no Blog AH.
A vida surgiu do barro?
A origem da mesma quiralidade nos organismos vivos é objeto de muitas discussões no meio científico. O termo quiralidade deriva da palavra grega χειρ, significando mão.
Alguns cientistas acreditam que a vida na terra escolheu um tipo de quiralidade por acaso, mas por que apenas os aminoácidos L são utilizados pelos seres vivos em nosso planeta? Isso significa que apenas a forma L, ou seja, metade dos aminoácidos (naturais ou sintéticos) que você utiliza em sua dieta é absorvida para ser utilizada e a outra metade (a forma D) não é utilizada pelo organismo. Alguns cientistas acreditam que deve existir algum lugar no universo, caso a vida nesse local tenha suporte no carbono, em que as moléculas teriam uma quiralidade oposta em relação à vida na terra. Então surge uma pergunta chave: Por que as moléculas utilizadas por organismos vivos em nosso planeta são homoquirais, ou seja, de mesma quiralidade?
A quiralidade de aminoácidos leva a quiralidade de enzimas (isto é o que se constitui no “modelo chave-fechadura” utilizado em Bioquímica), que por sua vez produz compostos naturais quirais e todos os produtos naturais quirais podem ser sintetizados por químicos que os utilizam para a construção de compostos mais complexos. Entretanto, não podemos distinguir enantiômeros, a não ser que se disponha de um ambiente quiral, isto é, não seria possível se obter no laboratório um excesso enantiomérico (de um enantiômero em relação ao outro), a não ser que se utilize (como produto de partida) um enantiômero natural. Portanto, a fonte de um excesso enantiomérico deriva de sistemas vivos. Assim, esse se torna um tema fascinante e desafiador em Química e em Bioquímica, pois leva a questão da origem da quiralidade na natureza e a origem da vida em nosso planeta.

Os modelos que tentam explicar a origem da vida utilizam normalmente sistemas químicos simples, que evoluem para sistemas mais complexos, mas fica difícil se imaginar em um ambientes primitivo na terra, algo capaz de produzir (além da mistura de enantiômeros, sem atividade ótica), um excesso enantiomérico. Portanto, a origem da vida passa por um profundo estudo da estereoquímica de substâncias oticamente ativas para a vida, que os químicos ainda não atingiram plenamente!

Existem basicamente duas possibilidades para se ter um excesso enantiomérico em sistemas biológicos: (1) o excesso enantiomérico seria gerado através de um processo de evolução natural ou (2) para ocorrer o excesso enantiomérico seria necessário um “comando de um ser superior”. A primeira possibilidade envolve a seleção (considerando apenas aminoácidos) em uma mistura de enantiômeros. Uma mistura desse tipo (com 50% de ambos os enantiômeros) seria considerada uma medida média (um tratamento estatístico), pois não existem exatamente idênticas quantidades de ambos os enantiômeros, ou seja, não podemos afirmar que exista a mesma quantidade de moléculas com helicidade para a direita em relação ao número de moléculas com helicidade para a esquerda, pois esse é um tratamento estatístico.
Vermiculita é um mineral natural, associado ao amianto. Esse mineral possui uma estrutura argilosa e as argilas do tipo vermiculita têm uma estrutura de micas no interior das quais os íons K+, situados entre as lamelas, foram substituídos pelos cátions Mg2+ e Fe2+. A vermiculita acaba de ser utilizada por pesquisadores em Oxford e na Áustria para tentarem descobrir os segredos da origem da Vida. Os pesquisadores descobriram particularmente que a argila desse tipo tinha propriedades susceptíveis de permitir resolver um dos grandes enigmas das ciências dos seres vivos, a quiralidade.
Marcos, 02/07/2011.

01 abril 2012

Foto de Família

Legenda: Em pé - Antônio Franco Neves(Totonho), Joaquim Franco Neves(Quincas),Maria Pereira Neves (Marica), Doralice Luz, Manoel Franco Neves.
Sentados - Beatriz P. Neves, Francisca P. Neves(Santinha), Constância P. Neves, Luiz Aires de Alencar, Ana Pereira Neves(Mãe Donana), Raimunda P. Neves(Iaiá), Napoleão Franco da Cruz Neves (Pai Franco), José Franco Neves, Antônia P. Neves(Tozinha), Alberto Luz(Tio Senhor), Adelzira Neves da Luz. 

Primórdios da Família Pereira do Pajeú
O primeiro Pereira a chegar no Pajeú, foi o vaqueiro José
Pereira da Silva, que ali chegara, do Século XVIII – ou Século XIX.
Chegou a cavalo, sozinho, pedindo uma vaqueirice na fazenda Sabonete,
do fazendeiro José Carlos Rodrigues, exatamente onde hoje fica a
cidade de Bom Nome, Distrito de São José do Belmonte. Padroeiro Santo
Antônio.
O discreto forasteiro era bem apessoado, mas nunca revelou a ninguém
de onde viera, nem porque viera. Verdadeira incógnita! Pesquisadores
da época suponham tratar-se de um Feitosa desgarrado da grande guerra
familiar entre Montes e Feitosas que conflagara os Inhamuns.

Mera suposição sem o selo da prova histórica.

Aos poucos, José Pereira da Silva foi conquistando a família
de José Carlos Rodrigues, pelo trabalho, pela seriedade, até
conquistar para casamento a filha do opulento fazendeiro, Jacinta
Ossélia de Santo Antônio com quem, efetivamente, casou-se, recebendo
como presente de núpcias a fazenda Carnaúba, à margem da rodovia Bom
Nome – Serra Talhada, mais próxima daquela do que desta.

Pois bem, no Século XXI, Napoleão e Marcos, respectivamente, tri-neto
e tetra-neto de José Pereira da Silva, o pioneiro, ainda trazem no seu
DNA a simpatia por fazendas, gado e vaqueiros.

Bem dizia o grande escritor mineiro, Oto Lara Resende: “Todos trazemos
amarrado no dedo grande do pé o cadáver de um antepassado!”

A prova ai está intocada, autêntica, soberana!

Filhos Do Ditoso Casal:

1) Simplicio Pereira da Silva, famoso Coronel da Guarda Nacional
encarregado de desbaratar o coito messiânico da Pedra do Reino, pelo
Governo de Pernambuco(1838),
2) João Pereira da Silva,
3) Antônio Pereira da Silva
4) Francisco Pereira da Silva, fundador da Vila São Francisco,
tronco dos Pereira Valões, incluindo João Santos, Vice-rei do cimento
no Brasil.
5) Manoel Pereira da Silva, Comandante Superior, genitor do Barão
de Pajeú, Andrelino Pereira da Silva.
6) Vitorino Pereira da Silva,
7) Joaquim Pereira da Silva, tronco familiar dos Pereira Neves, de Jardim,
8) Sebastião Pereira da Silva,
9) Alexandre Pereira da Silva, morto na Guerra da Pedra do Reino,
tão bem estudada pelo escritor Ariano Suassuna no seu romance
histórico “Pedra do Reino”,
10) Cipriano Pereira da Silva, também sacrificado na Guerra da Pedra
do Reino, ambos sepultados como heróis na Igreja do Rosário, centro
histórico de Serra Talhada,
11) Ana Pereira da Silva,
12) Mariana Pereira da Silva, Interdita.

Barbalha, 19/12/2011, Napoleão Tavares Neves “A pedidos”

Foto de Família

Legenda: Em pé - Antônio Franco Neves(Totonho), Joaquim Franco Neves(Quincas),Maria Pereira Neves (Marica), Doralice Luz, Manoel Franco Neves.
Sentados - Beatriz P. Neves, Francisca P. Neves(Santinha), Constância P. Neves, Luiz Aires de Alencar, Ana Pereira Neves(Mãe Donana), Raimunda P. Neves(Iaiá), Napoleão Franco da Cruz Neves (Pai Franco), José Franco Neves, Antônia P. Neves(Tozinha), Alberto Luz(Tio Senhor), Adelzira Neves da Luz. 

Primórdios da Família Pereira do Pajeú
O primeiro Pereira a chegar no Pajeú, foi o vaqueiro José
Pereira da Silva, que ali chegara, do Século XVIII – ou Século XIX.
Chegou a cavalo, sozinho, pedindo uma vaqueirice na fazenda Sabonete,
do fazendeiro José Carlos Rodrigues, exatamente onde hoje fica a
cidade de Bom Nome, Distrito de São José do Belmonte. Padroeiro Santo
Antônio.
O discreto forasteiro era bem apessoado, mas nunca revelou a ninguém
de onde viera, nem porque viera. Verdadeira incógnita! Pesquisadores
da época suponham tratar-se de um Feitosa desgarrado da grande guerra
familiar entre Montes e Feitosas que conflagara os Inhamuns.

Mera suposição sem o selo da prova histórica.

Aos poucos, José Pereira da Silva foi conquistando a família
de José Carlos Rodrigues, pelo trabalho, pela seriedade, até
conquistar para casamento a filha do opulento fazendeiro, Jacinta
Ossélia de Santo Antônio com quem, efetivamente, casou-se, recebendo
como presente de núpcias a fazenda Carnaúba, à margem da rodovia Bom
Nome – Serra Talhada, mais próxima daquela do que desta.

Pois bem, no Século XXI, Napoleão e Marcos, respectivamente, tri-neto
e tetra-neto de José Pereira da Silva, o pioneiro, ainda trazem no seu
DNA a simpatia por fazendas, gado e vaqueiros.

Bem dizia o grande escritor mineiro, Oto Lara Resende: “Todos trazemos
amarrado no dedo grande do pé o cadáver de um antepassado!”

A prova ai está intocada, autêntica, soberana!

Filhos Do Ditoso Casal:

1) Simplicio Pereira da Silva, famoso Coronel da Guarda Nacional
encarregado de desbaratar o coito messiânico da Pedra do Reino, pelo
Governo de Pernambuco(1838),
2) João Pereira da Silva,
3) Antônio Pereira da Silva
4) Francisco Pereira da Silva, fundador da Vila São Francisco,
tronco dos Pereira Valões, incluindo João Santos, Vice-rei do cimento
no Brasil.
5) Manoel Pereira da Silva, Comandante Superior, genitor do Barão
de Pajeú, Andrelino Pereira da Silva.
6) Vitorino Pereira da Silva,
7) Joaquim Pereira da Silva, tronco familiar dos Pereira Neves, de Jardim,
8) Sebastião Pereira da Silva,
9) Alexandre Pereira da Silva, morto na Guerra da Pedra do Reino,
tão bem estudada pelo escritor Ariano Suassuna no seu romance
histórico “Pedra do Reino”,
10) Cipriano Pereira da Silva, também sacrificado na Guerra da Pedra
do Reino, ambos sepultados como heróis na Igreja do Rosário, centro
histórico de Serra Talhada,
11) Ana Pereira da Silva,
12) Mariana Pereira da Silva, Interdita.

Barbalha, 19/12/2011, Napoleão Tavares Neves “A pedidos”

28 março 2012

ERA UMA VEZ UMA FEIRA 
Na rua da Igreja, beatas e feira. Feira de primeira. Toda segunda-feira. De verdura, cereais, mas principalmente, a colorida feira das frutas. Das jaboticabas roxinhas, limões verdes, pitangas vermelhas. Tamarindos marrons e azedos se juntavam a doces siriguelas amarelinhas para enfeitar a banca de Mané Gordão e a boca gulosa da meninada. Às vezes eram vistas acerolas cor de acerola e, quase nunca, carambolas, estas de uma cor sei-lá-que-cor. Os olhos brilhavam diante da aquarela de sabores, das goiabas e maçãs, das mangas e cajus... Onde estão as feiras? Onde se escondem as frutas? Onde brilham as cores? Hoje, aquela rua só tem as beatas. A feira mudou-se para o ar condicionado: lá, as frutas têm sabor acre e as cores se desbotam, se esvaem, lembrando do burburinho e com saudades da mão gorda de Mané a afagá-las. Na hora de pagar o dinheiro é de plástico. Na fila do caixa, sem a zoada da feira, uma criança chupa chiclete (chupa uma bala de sabor artyificial). Do lado de fora, outra criança pede esmola. Alguém oferece uma laranja amarga.
ERA UMA VEZ UMA FEIRA 
Na rua da Igreja, beatas e feira. Feira de primeira. Toda segunda-feira. De verdura, cereais, mas principalmente, a colorida feira das frutas. Das jaboticabas roxinhas, limões verdes, pitangas vermelhas. Tamarindos marrons e azedos se juntavam a doces siriguelas amarelinhas para enfeitar a banca de Mané Gordão e a boca gulosa da meninada. Às vezes eram vistas acerolas cor de acerola e, quase nunca, carambolas, estas de uma cor sei-lá-que-cor. Os olhos brilhavam diante da aquarela de sabores, das goiabas e maçãs, das mangas e cajus... Onde estão as feiras? Onde se escondem as frutas? Onde brilham as cores? Hoje, aquela rua só tem as beatas. A feira mudou-se para o ar condicionado: lá, as frutas têm sabor acre e as cores se desbotam, se esvaem, lembrando do burburinho e com saudades da mão gorda de Mané a afagá-las. Na hora de pagar o dinheiro é de plástico. Na fila do caixa, sem a zoada da feira, uma criança chupa chiclete (chupa uma bala de sabor artyificial). Do lado de fora, outra criança pede esmola. Alguém oferece uma laranja amarga.

15 março 2012

Memórias


Lembranças de papai, de mamãe e dos irmãos no Açude do Cedro/CE
Foto registrada no dia 27 de Junho de 1966   quando
 morávamos no Açude do Cedro em Quixadá/CE.
Agradecemos a Cacainha por esta oportuna iniciativa de homenagear papai no Blog AH. Trata-se de uma rara e talvez única foto da nossa família reunida nos tempos de Quixadá. Além de relembrar papai, mamãe e os irmãos, a foto me trouxe outras boas lembranças e por isso procurei ampliá-la para tentar ver detalhes, principalmente dos meus pés que certamente estavam com os dedos arrebentados de jogar bola, todo o dia e o dia todo, no período das férias! Toda noite mamãe fazia curativos em meus pés, com algodão embebido em Jucaina e pela data, no final daquele ano, eu estava com 14 anos, mas como fiquei para recuperação em uma matéria, papai me proibiu de jogar o football. Lembro-me que nessa época o nosso team estava disputando um campeonato regional, mas ele me proibiu de participar dos jogos e naquele jogo ele estava por lá, no campo, e eu fiquei só olhando os amigos jogar.
Era uma manhã de domingo no Açude do Cedro e terminamos o primeiro tempo perdendo de 1 a zero! No intervalo do jogo, papai foi procurado por Chico da Perua (nosso treinador) que solicitou a sua permissão para me deixar jogar aquele segundo tempo e cercado de meninos, mas para a minha surpresa, ele me autorizou a entrar no jogo! Viramos o placar e vencemos por 3 a 1 (3 goals meus), mas logo após o jogo ele me disse que o castigo continuava e eu voltaria a jogar somente após a prova de recuperação. Assim, eu tratei de estudar, fiz a prova e passei de ano e até que foi bom para mim, pois eu dei um descanso para os ferimentos nos dedos dos meus pés, que nunca cicatrizavam, pois o campo era de terra, com pedras e buracos e agente jogava descalço. Naquela época agente quase não tinha brinquedos comprados, mas para mim bola nunca faltava e quando ela furava, pois tinha muita jurema nos arredores do campo, eu mesmo remendava, pois ele me ensinou a concertar, com linha em duas agulhas, e a costurar bola de couro.
Marcos, 08/08/2011.

Memórias


Lembranças de papai, de mamãe e dos irmãos no Açude do Cedro/CE
Foto registrada no dia 27 de Junho de 1966   quando
 morávamos no Açude do Cedro em Quixadá/CE.
Agradecemos a Cacainha por esta oportuna iniciativa de homenagear papai no Blog AH. Trata-se de uma rara e talvez única foto da nossa família reunida nos tempos de Quixadá. Além de relembrar papai, mamãe e os irmãos, a foto me trouxe outras boas lembranças e por isso procurei ampliá-la para tentar ver detalhes, principalmente dos meus pés que certamente estavam com os dedos arrebentados de jogar bola, todo o dia e o dia todo, no período das férias! Toda noite mamãe fazia curativos em meus pés, com algodão embebido em Jucaina e pela data, no final daquele ano, eu estava com 14 anos, mas como fiquei para recuperação em uma matéria, papai me proibiu de jogar o football. Lembro-me que nessa época o nosso team estava disputando um campeonato regional, mas ele me proibiu de participar dos jogos e naquele jogo ele estava por lá, no campo, e eu fiquei só olhando os amigos jogar.
Era uma manhã de domingo no Açude do Cedro e terminamos o primeiro tempo perdendo de 1 a zero! No intervalo do jogo, papai foi procurado por Chico da Perua (nosso treinador) que solicitou a sua permissão para me deixar jogar aquele segundo tempo e cercado de meninos, mas para a minha surpresa, ele me autorizou a entrar no jogo! Viramos o placar e vencemos por 3 a 1 (3 goals meus), mas logo após o jogo ele me disse que o castigo continuava e eu voltaria a jogar somente após a prova de recuperação. Assim, eu tratei de estudar, fiz a prova e passei de ano e até que foi bom para mim, pois eu dei um descanso para os ferimentos nos dedos dos meus pés, que nunca cicatrizavam, pois o campo era de terra, com pedras e buracos e agente jogava descalço. Naquela época agente quase não tinha brinquedos comprados, mas para mim bola nunca faltava e quando ela furava, pois tinha muita jurema nos arredores do campo, eu mesmo remendava, pois ele me ensinou a concertar, com linha em duas agulhas, e a costurar bola de couro.
Marcos, 08/08/2011.