05 agosto 2011

JOSÉ MACÁRIO DE BRITO.

Foto registrada no dia 27 de Junho de 1966   quando
 morávamos no Açude do Cedro em  Quixadá CE
Filho de: MACÁRIO VIEIRA DE BRITO e EUFRÁZIA DE MORAIS REGO.
Avós paternos: PEDRO VIEIRA DE BRITO e IZABEL ÁGUIDA DE BRITO.
Avós maternos: GABRIEL DE MORAIS REGO e JOAQUINA FRANCISCA DE BRITO.
Nascido em 06 de Junho de 1918, no Sítio Malhada, Ponta da Serra, em Crato – Ceará.
Fez o curso ginasial no Ginásio Diocesano do Crato, o colegial no Liceu do Ceará em Fortaleza, e o curso superior na Escola Agronômica do Ceará, que foi concluído no ano de 1945. Fez curso de especialização em Solos, em Areias, na Paraíba e vários Cursos a Distância, através do Instituto Universal Brasileiro, como Mecânica, Eletricidade, Veterinária, Primeiros Socorros, etc., o que demonstra a sua autonomia e capacidade de resolver problemas naqueles tempos difíceis nos sertões do nordeste brasileiro.
Foi nomeado Engenheiro Agrônomo no DNOSC (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) e designado para chefiar o Posto Agrícola do São Francisco, em Pernambuco.
Posteriormente foi transferido para o Posto AgrÍcola de Pilões, na Paraíba, onde trabalhou 12 anos.
Chefiou também os Postos Agrícolas de Lima Campos distrito de Icó/CE, e o do Açude de Cedro, em Quixadá/CE.
Finalmente, foi transferido para a 2a. Diretoria do DNOSC, em Fortaleza.
Implantou vários projetos de irrigação nos perímetros irrigados de Morada Nova e Paraipaba, participou dos levantamentos topográficos e da desaproriação de terras para a construção do açude público Tomás Osterne de Alencar (Umarí), perenizando o rio Carás.
Homem de caráter íntegro dedicou sua vida a família e ao trabalho.
Faleceu em 1982 em Fortaleza, deixando sua esposa Dona Zita Neves Aires de Brito com oito filhos, mas na época todos já encaminhados para a vida.
Quero deixar esta homenagem a nosso Pai, que se ainda estivesse em nosso convivio estariamos comemorando  seus noventa e três anos. 

1 comentários:

Marcos disse...

Agradecemos a Cacainha por esta oportuna iniciativa de homenagear papai. Trata-se de uma rara e talvez única foto da nossa família reunida nos tempos de Quixadá.

Além de relembrar papai, mamãe e os irmãos, a foto me trouxe outras boas lembranças e por isso procurei ampliá-la para tentar ver detalhes, principalmente dos meus pés que certamente estavam com os dedos arrebentados de jogar bola, todo o dia e o dia todo, no período das férias.

Toda noite mamãe fazia curativos em meus pés, com algodão embebido em Jucaina e pela data, no final daquele ano eu estava com 14 anos, mas como fiquei para recuperação em uma matéria, papai me proibiu de jogar o football.

Lembro-me que nessa época o nosso team estava disputando um campeonato regional, mas ele me proibiu de participar dos jogos e naquele jogo ele estava por lá, no campo, e eu fiquei só olhando os amigos jogar.

Era uma manhã de domingo no Açude do Cedro e terminamos o primeiro tempo perdendo de 1 a zero! No intervalo do jogo, papai foi procurado por Chico da Perua (nosso treinador) que solicitou a sua permissão para me deixar jogar aquele segundo tempo e cercado de meninos, mas para a minha surpresa ele me autorizou a entrar no jogo!

Viramos o placar e vencemos por 3 a 1 (3 goals meus), mas logo após o jogo ele me disse que o castigo continuava e eu voltaria a jogar somente após a prova de recuperação. Assim, eu tratei de estudar, passei na prova e até que foi bom para mim, pois eu dei um descanso para os ferimentos nos dedos dos meus pés que nunca cicatrizavam, pois o campo era de terra, com pedras e buracos e agente jogava descalço.

Naquela época agente quase não tinha brinquedos comprados, mas para mim bola nunca faltava e quando ela furava, pois tinha muita jurema nos arredores do campo eu mesmo remendava, pois ele me ensinou a concertar, com linha em duas agulhas, e a costurar bola de couro.

Marcos, 08/08/2011.