ERA UMA VEZ UMA FEIRA
Na rua da Igreja, beatas e feira. Feira de primeira. Toda segunda-feira. De verdura, cereais, mas principalmente, a colorida feira das frutas. Das jaboticabas roxinhas, limões verdes, pitangas vermelhas. Tamarindos marrons e azedos se juntavam a doces siriguelas amarelinhas para enfeitar a banca de Mané Gordão e a boca gulosa da meninada. Às vezes eram vistas acerolas cor de acerola e, quase nunca, carambolas, estas de uma cor sei-lá-que-cor. Os olhos brilhavam diante da aquarela de sabores, das goiabas e maçãs, das mangas e cajus... Onde estão as feiras? Onde se escondem as frutas? Onde brilham as cores? Hoje, aquela rua só tem as beatas. A feira mudou-se para o ar condicionado: lá, as frutas têm sabor acre e as cores se desbotam, se esvaem, lembrando do burburinho e com saudades da mão gorda de Mané a afagá-las. Na hora de pagar o dinheiro é de plástico. Na fila do caixa, sem a zoada da feira, uma criança chupa chiclete (chupa uma bala de sabor artyificial). Do lado de fora, outra criança pede esmola. Alguém oferece uma laranja amarga.
28 março 2012
ERA UMA VEZ UMA FEIRA
Na rua da Igreja, beatas e feira. Feira de primeira. Toda segunda-feira. De verdura, cereais, mas principalmente, a colorida feira das frutas. Das jaboticabas roxinhas, limões verdes, pitangas vermelhas. Tamarindos marrons e azedos se juntavam a doces siriguelas amarelinhas para enfeitar a banca de Mané Gordão e a boca gulosa da meninada. Às vezes eram vistas acerolas cor de acerola e, quase nunca, carambolas, estas de uma cor sei-lá-que-cor. Os olhos brilhavam diante da aquarela de sabores, das goiabas e maçãs, das mangas e cajus... Onde estão as feiras? Onde se escondem as frutas? Onde brilham as cores? Hoje, aquela rua só tem as beatas. A feira mudou-se para o ar condicionado: lá, as frutas têm sabor acre e as cores se desbotam, se esvaem, lembrando do burburinho e com saudades da mão gorda de Mané a afagá-las. Na hora de pagar o dinheiro é de plástico. Na fila do caixa, sem a zoada da feira, uma criança chupa chiclete (chupa uma bala de sabor artyificial). Do lado de fora, outra criança pede esmola. Alguém oferece uma laranja amarga.
15 março 2012
Memórias
Lembranças
de papai, de mamãe e dos irmãos no Açude do Cedro/CE
Foto registrada no dia 27 de Junho de 1966 quando
morávamos no Açude do Cedro em Quixadá/CE.
|
Era uma manhã de domingo no Açude do Cedro e terminamos o primeiro tempo perdendo de 1 a zero! No intervalo do jogo, papai foi procurado por Chico da Perua (nosso treinador) que solicitou a sua permissão para me deixar jogar aquele segundo tempo e cercado de meninos, mas para a minha surpresa, ele me autorizou a entrar no jogo! Viramos o placar e vencemos por 3 a 1 (3 goals meus), mas logo após o jogo ele me disse que o castigo continuava e eu voltaria a jogar somente após a prova de recuperação. Assim, eu tratei de estudar, fiz a prova e passei de ano e até que foi bom para mim, pois eu dei um descanso para os ferimentos nos dedos dos meus pés, que nunca cicatrizavam, pois o campo era de terra, com pedras e buracos e agente jogava descalço. Naquela época agente quase não tinha brinquedos comprados, mas para mim bola nunca faltava e quando ela furava, pois tinha muita jurema nos arredores do campo, eu mesmo remendava, pois ele me ensinou a concertar, com linha em duas agulhas, e a costurar bola de couro.
Marcos, 08/08/2011.
Memórias
Lembranças
de papai, de mamãe e dos irmãos no Açude do Cedro/CE
Foto registrada no dia 27 de Junho de 1966 quando
morávamos no Açude do Cedro em Quixadá/CE.
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Era uma manhã de domingo no Açude do Cedro e terminamos o primeiro tempo perdendo de 1 a zero! No intervalo do jogo, papai foi procurado por Chico da Perua (nosso treinador) que solicitou a sua permissão para me deixar jogar aquele segundo tempo e cercado de meninos, mas para a minha surpresa, ele me autorizou a entrar no jogo! Viramos o placar e vencemos por 3 a 1 (3 goals meus), mas logo após o jogo ele me disse que o castigo continuava e eu voltaria a jogar somente após a prova de recuperação. Assim, eu tratei de estudar, fiz a prova e passei de ano e até que foi bom para mim, pois eu dei um descanso para os ferimentos nos dedos dos meus pés, que nunca cicatrizavam, pois o campo era de terra, com pedras e buracos e agente jogava descalço. Naquela época agente quase não tinha brinquedos comprados, mas para mim bola nunca faltava e quando ela furava, pois tinha muita jurema nos arredores do campo, eu mesmo remendava, pois ele me ensinou a concertar, com linha em duas agulhas, e a costurar bola de couro.
Marcos, 08/08/2011.
08 março 2012
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...
Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...
Para você, Mulher tão especial...
Feliz Dia Internacional da Mulher!
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...
Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...
Para você, Mulher tão especial...
Feliz Dia Internacional da Mulher!
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