31 janeiro 2012


Criação de peba
O sítio Saco sempre foi o “MEU PARAISO SEM O PECADO ORIGINAL!”
Ali a natureza é pródiga em tudo e eu vivi no meio dela observando tudo e com ela aprendendo a viver.
Certa vez, nos meus lindos 10 anos de idade, decidi criar um peba. O bichinho era dócil e ativo.
Um belo dia, pleno outubro, seca de esturricar tudo, o peba surgiu do nosso jardim em desabalada carreira. Cavou um buraco no pé de uma ribanceira, depois entrou no buraco de costas e puxou para obturar-lhe a entrada, toda a folhagem seca de um pé de carambola. Ficamos atentos, eu e o velho Antônio Farosa.
Em duas horas, bateu uma chuva torrencial que tudo alagou, mas não entrou água no buraco do peba que continuou bem refestelado no seu leito de folhas secas. Ficamos atônitos com tudo aquilo e o velho Antônio Farosa, na sua filosofia matuta, disse: O governo devia era chamar os pebas para advinharem chuvas!
Efetivamente o peba deve ter sentido a umidade do ar e se preparado para, estrategicamente, enfrentar o aguaceiro. Nunca esqueci aquela bucólica cena. Perece que estou a vê-lo puxando folhas com as patas em grande azáfama. A natureza, sinônimo de Deus, tem os seus mistérios e saberes.
Napoleão Tavares Neves, 2.11.2.11
(assinado em baixo)

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